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Comunicação assertiva em casa

Foto: Freepik

 

 

Em tempos de quarentena, manter uma convivência saudável é fundamental, principalmente quando não sabemos exatamente quando tudo isso termina. Ao estarmos acostumados seguir uma rotina, ter nossos horários de trabalho e, na maioria das vezes, passar pouco tempo com todos os membros da família, corremos o risco de invadirmos o espaço dos outros e também de nos sentirmos invadidos.

 

 

Para que tudo não termine em um pé de guerra, considero que a comunicação assertiva não é uma opção, senão indispensável se quisermos tornar a convivência agradável.

 

 

Uma das questões a se ter em conta é que podemos ter a sensação de não nos conhecermos realmente. Se for o caso, precisaremos de tempo para isso e, para conseguir, podemos evitar críticas, observar nossos comportamentos e sermos claros no que dissermos.

 

 

Vejamos algumas orientações para melhorar nossa comunicação.

 

Conversa prévia

 

 

Ter uma conversa familiar, falar abertamente que virão tempos difíceis e que todos precisarão fazer sua parte para que haja respeito e um ambiente gostoso. Nessa conversa, também podemos estabelecer alguns acordos que considerarmos importantes, como evitar discutir quando ao menos uma pessoa estiver alterada. Dar a ela privacidade para se acalmar antes de voltar a tocar no assunto. 

 

 

Cuidado para não fingirmos que não aconteceu nada após os ânimos se acalmarem, pois, convém não deixar assuntos pendentes que possam gerar mal-entendidos ou agravar pequenos desentendimentos por arrastarem ressentimento. A bomba pode explodir a qualquer momento.

 

Expressar o que sentimos e respeitar o que os demais sentem

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É comum pretendermos que as pessoas adivinhem o que estamos sentindo sem abrirmos a boca para falar sobre isso.

 

 

Somos pessoas diferentes, sentimos diferentes e por razões diferentes. Portanto, se alguma coisa nos incomodar, sejamos claros: “fico irritada quando você...”; “não gosto de ser tratado...”. Enfim, seja o que for, precisamos verbalizá-lo. Do contrário, guardaremos mágoa, nos sentiremos injustiçados, desrespeitados e achando que a culpa é do outro.

 

 

Expressar os sentimentos é um direito de cada membro da família. E uma vez que alguém nos diz que algo o machuca, nos esforçamos para compreender, para não menosprezar seus sentimentos e, se já lhe causamos essa mágoa, seria nobre pedir desculpas sinceras.

 

Perguntar antes de brigar

 

 

Quantas vezes agimos na defensiva quando alguém aponta alguma falha nossa, como por exemplo, que somos desorganizados! Se optarmos por uma comunicação assertiva, podemos perguntar como fazer para melhorar e começar um diálogo cujo objetivo seja melhorar a convivência para todos, afinal, não somos inimigos e por mais que apontemos os erros uns dos outros, nos amamos apesar deles.

 

Pensar antes de falar

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Se notamos que estamos alterados, significa que não é um bom momento para conversar. Ao tentar conversar quando estamos nervosos o que buscamos, na verdade, é brigar.

 

Um diálogo é construtivo quando todas as partes envolvidas estão calmas e, mesmo assim, pensar antes de falar demonstra empatia. Se sabemos que podemos ferir a suscetibilidade de alguém, o melhor é reformular a nossa fala para passar a mensagem de forma adequada.

 

 

Uma mensagem só tem sentido se for compreendida.

 

Escutar antes de responder

 

 

Quantas vezes atropelamos a pessoa antes de que ela possa concluir o que estava falando? Uma comunicação efetiva começa escutando. Escutemos o que a pessoa tem a nos dizer e não nos sintamos agredidos por isso. Lembre-se de que ela está falando o que sente, manifestando sua perspectiva. Se o que ela está dizendo parece ofensivo, não tem problema perguntar, esclarecer e se desculpar, se for o caso.

 

 

Aproveitemos a quarentena para construir intimidade e confiança, nos expressando de forma direta, honesta e sempre com respeito mútuo.

 


 

 

Escrito por Marinalva Silva

Terapeuta Holística

Fundadora de Spiralis – Ser Integral